domingo, 28 de dezembro de 2008

Promessas de fim de ano


Todo final de ano é sempre a mesma coisa, fazemos planos e promessas para o próximo ano. Colocamos no papel tudo aquilo que gostaríamos diferente e tudo aquilo que gostaríamos de mudar no ano vindouro.


Embalada pelo clima de festas e confraternizações e também pelo vinho, aproveitei para fazer a minha lista de promessas de fim de ano:

1. Aproveitar mais a vida, isto é, me divertir mais e não perder tempo com quem não merece.

2. Sair e curtir mais as coisas boas da vida, ou seja, beber menos e não ficar de porre para lembrar o que aconteceu durante a noite.

3. Conhecer mais pessoas interessantes, isto é, mais homens.

4. Cuidar mais do corpo, isto é, não ficar o tempo todo assistindo TV e comendo porcaria.

5. Economizar dinheiro, ou seja, esconder o cartão de crédito para não gastar todo dinheiro com as promoções e lançamentos no shopping.

6. Esquecer o passado e seguir em frente, isto é, riscar da minha agenda, da minha vida, do planeta todos os homens que me fizeram sofrer este ano.

7. Não repetir os mesmos erros, ou seja, não ligar, sair ou voltar com nenhum ex, mesmo que ele me peça perdão de joelhos e me encha de flores, bombons e outros mimos.

8. Empenhar-me e me dedicar mais ao trabalho, ou seja, não deixar para a última hora para entregar documentos, preparar o material de trabalho e levar alguns docinhos para comer nas horas vagas.

9. Não me estressar tanto, isto é, comprar um Ipod urgente e usar óculos de sol, mesmo nos dias nublados.

Estabelecidos os objetivos, e depois das festas? Será que vou cumpri-los?

Não sei, vou deixar rolar! Não vejo sentido em estabelecer tantas cobranças, o importante é tentar e buscar um ano melhor.

Enquanto isso, vou viver e aproveitar o presente. Ou melhor, os meus presentes!

Dolly

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Tendências do consumo

Devido à grande quantidade de mulheres solteiras no mercado amoroso e pouca demanda de homens nestas condições, está cada vez mais difícil conseguir um namorado nos dias atuais.

Para sobreviver à acirrada e feroz concorrência, muitas mulheres se viram obrigadas a mudar de estratégias e a oferecer um diferencial para atrair atenção dos “consumidores”.

Na verdade, a busca em obter o melhor “produto” se tornou uma tendência irreversível e a cada dia entram mais “empresas” nessa disputa, visto que a situação tem se agravado de tal forma que não sobrou alternativa.


Cada uma a sua maneira, essas empresas vêm investindo mais e mais pesado no seu produto como academia, cirurgias plásticas, roupas, tratamento de beleza, etc. Elas não apenas aprenderam com a concorrência como melhoraram seus modelos.


Embora muitos consumidores tenham comprado um produto por terem sido seduzidos pela embalagem, será que é suficiente apenas investir na beleza do produto?

É claro que se o produto não for atraente e interessante, num primeiro momento, o cliente dificilmente irá comprá-lo depois. E, se todo mundo oferece uma bela e atraente embalagem, é preciso diferenciar-se de outra maneira.

Mas o que muitas empresas têm feito a respeito?


Elas estão cada vez mais em busca de inovação. E inovar, por mais que isso soe batido, nunca foi tão vital para o mundo dos negócios amorosos.

Uma das principais tendências de consumo que estão se delineando e que devem pautar parte do mercado daqui para frente é a simplicidade: inteligência combinada à beleza sem ostentação ou exageros e, sobretudo, à facilidade de comunicação sem complicações.

A segunda tendência está diretamente ligada ao apelo da sustentabilidade ambiental e econômica. É sofisticada, consciente dos seus recursos naturais e economiza tempo e, principalmente, energia dos consumidores.

A última tendência trata do luxo acessível. É geralmente associada ao prestígio e à sofisticação, com embalagem de luxo e confere um status ao comprador.

Mudar uma fórmula de sucesso, em empresas de qualquer porte, exige coragem e determinação. É um caminho de longo prazo a ser perseguido até conseguir atingir o objetivo, seja para se manter na liderança de seu mercado ou para conquistar uma potencial clientela, e muitas companhias estão correndo atrás do prejuízo.

Dolly

domingo, 14 de dezembro de 2008

A Liga da Justiça

Uma vez ou outra, todas nós acabamos idealizando a pessoa com quem desejamos compartilhar o resto de nossas vidas. Com essa idealização em mente, não damos atenção aos meros mortais que estão a nossa volta, buscamos apenas os super-heróis. Desejamos viver ao lado daqueles que lutam em nome do bem da humanidade e que empregam todos os seus poderes em causas mais nobres e urgentes.


E quando nos apaixonamos por alguém, procuramos ver somente a figura do herói nele, e se ele demonstra coragem, audácia e outras características que consideramos heróicas, começamos em pouco tempo a idolatrá-lo, a depender de suas vontades e a desejar viver só para ele.

Estar ao seu lado é realmente uma experiência única e maravilhosa, mas será que temos vocação para Louis Lane ou Mary Jane?

Afinal, quando mais precisamos, ele foge para

1. evitar revelar a sua verdadeira identidade, porque as mulheres adoram saber todos os detalhes sobre a vida, o passado e o futuro do seu super-herói.

2. atender aos apelos de outras mocinhas indefesas, pois há sempre uma mulher em perigo (em cada esquina, bar, restaurante, etc).

3. se reunir com os outros heróis da Liga da Justiça, porque depois de tanto trabalho eles precisam relaxar um pouco (ninguém é de ferro!).

4. salvar a humanidade, porque este é o seu trabalho e ele não pode deixar de cumpri-lo por nada neste mundo.

5. não demonstrar dúvida sobre a sua identidade secreta, é difícil para um super-herói admitir isso, mas alguns não estão bem certos sobre as suas.

Acabamos idealizando-o a tal ponto que ignoramos suas fraquezas, deixamos de lado os seus defeitos e, assim, cobramos e exigimos que ele cumpra o papel de super-herói o tempo todo.

Quando nos aproximamos do homem e não do super-herói, percebemos que ele também fica desprotegido e não se mostra por inteiro com medo de confiar e de se machucar. Sua desconfiança em tudo e todos o afasta das pessoas e faz com que se esconda, cada vez mais, atrás da máscara e da capa.

Será que um dia conseguiremos desvendar os seus mistérios? Será que um dia ele irá confiar o bastante para deixar-se revelar? Será que devido aos seus antigos e mal-sucedidos relacionamentos, ele não se envolverá emocionalmente com ninguém?Será que estar ao seu lado é o suficiente para sermos felizes? Afinal, quem poderá nos socorrer, quando ele não estiver por perto?


Dolly

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Como uma partida de futebol

Outro dia, conversando com algumas amigas, surgiu uma discussão sobre a importância que o sexo desempenha na vida dos homens.

O consenso geral foi a de que o sexo para eles é como uma partida de futebol, não importa de que maneira, mas, no final, o objetivo do jogo é fazer gols e quanto mais, melhor.

Pode ser um pouco simplificador esse tipo de pensamento, afinal, nem todos os homens pensam dessa forma.

É preciso dizer que alguns não se preocupam apenas com o próprio desempenho e não desejam só fazer uma bela atuação em campo.

Há jogadores que se destacam pelo jogo coletivo em vez do individual, que jogam em parceria, sem deixar de visar, é claro, a vitória e por isso, conquistam a torcida.

Além disso, muitos não só se caracterizam pela ofensividade, mas também pela boa marcação e excelente saída de bola.

Na verdade, o que ocorre é que eles não percebem que as mulheres não estão preocupadas apenas com o placar de uma partida.

As mulheres assim como os técnicos esperam mais do que um resultado satisfatório, desejam um jogo com qualidade e uma boa atuação dos jogadores.

Exigem e cobram o tempo todo que eles estejam bem preparados, com esquema tático definido, com uma movimentação ágil e precisão nos chutes.

Com a pressão e com o alto grau de exigência de técnicos e comissão, às vezes, as necessidades dos jogadores são ignoradas, e acaba sendo exigido deles um desempenho além do que eles podem oferecer no momento, o que pode provocar, conseqüentemente, lesões, contusões e outros desgastes físicos.

Talvez a sensação de vitória no campo se assemelhe ao sucesso na cama e por isso a vibração seja tão intensa quando o time vence ou o desânimo e abatimento quando este perde.

Afinal, quando se trata de uma partida de futebol, o fundamental é que os jogadores atuem bem nas partidas ou que façam muitos gols?

Dolly





terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Casar ou não casar, eis a questão

Após mais um convite de casamento e mais uma convocação para a união de um casal de amigos ou de familiares, percebemos que todos, ao nosso redor, estão se casando e só nós estamos sobrando.

E o que é pior, em meio a votos de felicidades e juras de amor eterno, outras pessoas constatam que não estamos acompanhadas. Dessa maneira, mais um julgamento se inicia. Nós, que éramos apenas testemunhas, a partir desse momento tornamo-nos ré.

Afinal, vivemos numa sociedade que ainda valoriza muito a instituição do casamento e as mulheres que continuam solteiras são julgadas, sentenciadas e condenadas pela Corte.

Os promotores começam a fazer conjeturas sobre o porquê de continuarmos solteiras:

E a senhora, quando se CASA? Mas a senhora AINDA é solteira? Mas não tem nem NAMORADO? Quantos ANOS a senhora tem mesmo?

Enquanto os advogados de defesa, com eloqüência, dirigem-se aos jurados:

O fato desta senhora continuar SOZINHA deve ser considerado realmente um problema? Se todas as amigas já casaram ou vão se casar e ela ainda não, será que ela tem, de fato, algum PROBLEMA de relacionamento? Ou será que ela ainda não encontrou ninguém que seja bom o suficiente para se CASAR?

Ainda hoje é em relação ao casamento que se define uma mulher na nossa sociedade, sinta-se ela frustrada, revoltada ou mesmo indiferente ante essa instituição.

Assim como os jurados, começamos também a questionar a razão de continuarmos solteiras e pensamos:

Por que o CASAMENTO é tão importante na vida de uma mulher? Será que não podemos ser felizes SOLTEIRAS? Por que a sociedade impõe essa OBRIGAÇÃO a nós, mulheres?

Dolly


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A Torre de Babel

Segundo a Bíblia, os homens, no início, eram um só povo e falavam uma só língua. Eles construíram uma enorme torre para chegar aos céus, denominada de Torre de Babel. Quando Deus percebeu que estes estavam buscando interesses nocivos e egoístas, ele confundiu a línguas dos homens e estes não conseguiram mais se entender.

E até hoje, quando se trata de relacionamento, homens e mulheres continuam a falar línguas diferentes. Como resultado, não conseguem comunicar entre si e compreender o que cada um quer.


Como se entender em meio a línguas tão distintas?


Assim como na construção da Torre, numa relação é preciso construir em conjunto, empilhando tijolo por tijolo, colando-os uns sobre os outros com argamassa, para mantê-la junta, unida.


No entanto, apressados e ansiosos por vê-la finalizada, ninguém procura ouvir o que o outro está dizendo. E assim, durante a edificação, um sinaliza uma coisa, enquanto o outro diz outra até o momento em que ninguém compreende mais nada, gerando vários desentendimentos.


Se os homens e as mulheres não fizerem um esforço para encontrarem uma maneira de falar a mesma língua, ou pelo menos se esforçarem para compreenderem uns aos outros, mesmo que por meio de sinais, eles suspenderão a construção da Torre e cada construtor se dispersará para um lado.


Dolly

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vem dançar comigo


Muito tem se falado sobre o assunto, mas os homens ainda parecem gostar de tomar a iniciativa na arte da conquista, o que, de maneira alguma, impede que a mulher o faça primeiro.


O jogo da sedução funciona como uma dança complexa, porque exige que o homem e a mulher realizem movimentos e pausas, dentro de uma coreografia em permanente improvisação, que tem que incluir ambos. Ao contrário de competirem um com o outro, os dois têm de colaborar intimamente, pois se não houver um acordo tácito em que ambos aceitem as regras do jogo não será possível a dança.


Nessa dança não é permitido que um dos bailarinos protagonize um papel principal, neste caso o homem, que “manda”, poderá remeter a mulher para o papel secundário de obediência cega à sua condução. Tem de existir um acordo, sendo a primeira a de que o homem propõe, conduzindo e a mulher aceita deixando-se conduzir. O fato de deixar-se conduzir pelo homem não deve ser entendido como uma atitude absolutamente passiva da mulher. As maiores bailarinas sabem deixar-se conduzir, aceitam as propostas do homem que dança bem e, graças à sua sensibilidade, à sua entrega e à sua firmeza, permite-lhe, mais cedo até que ao homem, desfrutar os prazeres da dança.


Desse modo, o início da dança surge de acordo com a movimentação dos dançarinos, o homem procura o olhar da mulher pretendida (ou vice-versa) e a partir do momento em que os olhares se fixam, ele dirige-se à mulher, sem desviar os olhos, assegurando-se, assim, de que é com ele que ela quer realmente dançar e não com outro que esteja por perto. Depois de aceitar este convite sutil, a mulher espera o homem se aproximar e, só depois, levanta-se e avança para a pista.


Eles ficam de frente para seus pares, as mãos se enrolam e se desenrolam, enquanto o corpo parece se enroscar e se soltar. Um só corpo (formado pelos dois troncos dos bailarinos) que torce, rodopia, dobra e se desdobra.


Ao longo de toda a dança, ambos se movem constantemente tanto na direção do outro como na direção oposta. Cada vez que se movem para a frente, o terreno é preparado para o movimento seguinte. Todo movimento para trás se segue por uma nova avaliação do movimento anterior que os aproximara.


O movimento é calculado, prediz seu efeito antes que o próximo passo seja dado, e depois outro passo. Essa forma de sedução é cheia de vitalidade.


Os movimentos suaves dos corpos na pista de dança, o conflito que ali faísca, a tensão produzida é que conduzirá o futuro desfecho. A tensão diminui na medida em que ocorre uma harmonização nos passos do casal e existe uma constante adaptação para as necessidades do parceiro com o resto do conjunto.


Se as pessoas gostam de dançar e saem com esse objetivo, por que será que muitas continuam dançando sozinhas?


Dolly

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A versão feminina de Sherlock Holmes


Os homens não se preocupam tanto quanto as mulheres em detalhes nas demonstrações de afeto. Em matéria de relacionamentos, as mulheres, em sua maioria, têm uma tendência nata a desvendar os mistérios nas relações com o sexo oposto.


Os procedimentos de análise das mulheres se aproximam dos métodos científicos utilizados pelo grande detetive Sherlock Holmes. Seus métodos, baseiam-se em três princípios básicos: observação, dedução e conhecimento.


1. Observação
As mulheres, de maneira geral, são bastante observadoras e estão sempre atentas à tudo o que diz respeito ao ser amado. Possuem verdadeira obsessão na observação das coisas pequeninas: lêem as mensagens e cartas recebidas diversas vezes. Guardam todos os objetos referentes ao amado. Observam atentamente os gestos, ações e falas dele. Conferem as suas chamadas telefônicas constantemente. Conversam com os amigos em busca de maiores informações. Aproximam-se de parentes, como forma de ganharem confiança de familiares e assim obterem confidências e declarações sobre o passado dele mais facilmente. As coisas aparentemente mais insignificantes são as de maior importância para elas.


2. Dedução
O segundo método baseia-se na observação cuidadosa das pistas e evidências coletadas na primeira fase. Através da dedução, será possível formular teorias e hipóteses, ponderando sobre os detalhes mais importantes do caso estudado. É fundamental saber distinguir, dentre os vários fatos, quais são os de vital importância. Dessa forma, as mulheres examinam os dados, como um técnico, e dão um parecer de especialista. Analisam cartas e mensagens recebidas durante todo o período da relação, cujas palavras são interpretadas minuciosamente até o ponto de decorá-las e retê-las na memória. Os presentes e lembranças são contabilizados e arquivados em local seguro para futuras análises. Fotos tiradas são guardadas cuidadosamente e estudadas freqüentemente. Os relatos de amigos, parentes e conhecidos são dignos de notas, por serem valiosas fontes de informações e atualizações sobre a vida do amado. Depois de coletado, todas as pistas e informações, o material é analisado em conjunto. Então, as mulheres se entretem estudando todos os fatos por horas a fio.


3. Conhecimento
Para as mulheres serem bem-sucedidas na investigação é imprescindível o conhecimento científico de algumas áreas como o estudo da psicologia humana, lógica, sociologia, biologia, esporte, além de uma cultura geral bastante diversificada. Elas são capazes de relatar com precisão conversas tidas com ele e memorizá-las por dias, meses até anos. Além disso, identificam a marca do perfume somente pelo seu cheiro; reconhecem a letra numa carta ou a roupa usada por ele; adivinham o gosto e até pensamentos do amado. Esse conhecimento acumulado por vezes fornece o elemento final para a conclusão de um mistério.


No entanto, as mulheres utilizam a arte de investigação não só para comprovação do amor e afeto do amado mas também para descobrir pistas e evidências de suposta traição. E quando essas detetives suspeitam de tal fato são capazes dos atos mais insanos e improváveis para conseguirem provas do crime e encontrarem o paradeiro das criminosas. E assim como o famoso detetive, quando estão envolvidas com algum caso podem passar noites sem dormir ou comer e só conseguem descansar quando este for resolvido.


Dolly






segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Dilema de Wendy


Um dia conversando com algumas amigas discutimos sobre os motivos dos homens, atualmente, terem tanto medo de assumir um relacionamento.


E dessa conversa, surgiram algumas dúvidas:


Como se envolver com o Peter Pan, um rapaz que receia os comprometimentos e evita as responsabilidades da vida adulta?


Se ele deseja uma vida cheia de aventuras e diversões, sem ninguém para lhe dar ordens e mandar em sua vida. Wendy quer dele o tipo de sentimento que ele não conhece– "amor", uma relação séria, alguma responsabilidade.


O que será que o assusta tanto a ponto dele não querer deixar a Terra do Nunca e ficar ao lado de Wendy?


Será que é o medo de perder sua liberdade? Será que é o medo do desconhecido?Será que é o medo de se envolver emocionalmente com alguém que ele gosta? Será que ele não gosta dela o suficiente para assumir uma relação mais séria?Ou será que ele é imaturo demais para se relacionar com alguém?


O grande dilema de Wendy é justamente esse: voltar à sua vida ou ficar junto de quem ela ama, ainda que seja, um rapaz que se recusa a crescer.




Dolly

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Design Feminino

Somos bombardeadas com imagens de mulheres lindas com corpos perfeitos diariamente, com isso nos deixamos aprisionar por padrões estéticos cruéis e duros. E, muitas vezes, deixamos que eles definam o que podemos ou não vestir, aonde ir, como agir.

Nós cobramos de nós mesmas uma imagem de perfeição que não existe. Por mais que nos esforcemos, estamos constantemente insatisfeitas com nossos corpos. Encontramos sempre algo que gostaríamos de mudar para ficar perto desse ideal de beleza e acabamos por supervalorizar nossas “imperfeições”.

Uma vez, um amigo disse brincando que cada mulher tinha um design diferente, único, como um carro. E ele, como a grande maioria dos homens, está sempre observando e analisando, de maneira desinteressada, os últimos lançamentos assim como os modelos no mercado.

Tratando-se de carro, o que realmente procuramos no momento de compra? Será que só levamos em conta o seu design? Conforto, praticidade e economia não são aspectos a serem considerados?

Pensando nisso, imagine encontrar, na rua, um design sedutor, com formas curvas elegantes e o acabamento arredondado. Além disso, equipado com vários itens de conforto e segurança (câmbio automático, air bag duplo e direção hidráulica, ar-condicionado e CD player com MP3). Seria um deleite para os olhos e felicidade de qualquer motorista, não é mesmo?

Então, será que uma mulher só ficará satisfeita quando se tornar um Corolla Sedan ou Honda Civic?

É claro que viver se comparando com outros modelos é uma exigência com relação ao corpo muito grande e interfere de maneira negativa na vida com o passar do tempo. Entretanto, como manter a auto-estima elevada numa sociedade marcada pelos padrões?

Ao estabelecer nossa própria definição de beleza, podemos nos esforçar para conquistar o nosso melhor design. Motivar-nos é muito mais saudável do que desejar as formas inalcançáveis da última tendência do Salão do Automóvel.

Um modelo como o Ford Ka, pode não agradar a todos os compradores, mas ele possuí características que são diferenciais, como um design arrojado, compacto, prático e econômico. Além disso, tem charme e conforto, o que tem aumentado a popularização desse tipo de veículo, principalmente entre os jovens.

E o que falar de um Jeep Cherokee: grande e muito espaçoso, que apresenta design moderno, com linhas retas, tem uma grande potência do motor e a ideal para viagens com a família.
Se nós temos gostos e necessidades diferentes, por que devemos seguir esta imposição de padrões?

Por que, então, não aceitamos nossas diferenças?

São, justamente, essas diferenças que nós fazem únicas. Todas nós temos algo que nos diferencia das outras, pode ser tanto uma característica física quanto de personalidade. Vamos nos permitir sermos (im)perfeitas e quem quiser que nos aceite e compre o nosso modelo. No final das contas, todas nós queremos andar com conforto e segurança, independentemente do estilo.
Dolly

sábado, 18 de outubro de 2008

Gosto de sangue

Sexta-feira à noite, muitas mulheres independentes e livres transitam pelos lugares badalados da cidade em busca de diversão e/ou companhia.

Famintas e com os corpos ávidos por carne humana, elas saem numa caçada pela presa perfeita.

O tempo todo, permanecem alertas, como cães vigilantes que guardam a casa. Andam apenas em bandos e olham ao redor a procura, dentre muitos homens, daquele que parece ser a vítima ideal.

Apesar da fome, escolhem muito bem as suas vítimas, pois são muito exigentes e não provam qualquer alimento. Aos seus olhos afiados, não escapam os detalhes e os contornos precisos do corpo viril.

Embaladas pelo ritmo frenético da música alta ou do alto teor de bebida, elas sentem no ar o aroma adocicado do sangue dos homens. O cheiro as deixam extasiadas.

Depois de sondar bem a área, elas se aproximam cautelosamente da presa para não assustá-la ou intimidá-la. E assim, elas tornam-se predadoras.

Inteligentes, sensuais e atraentes, as vampiras modernas, não querem compromisso, curtem ao máximo a vida e continuam sedentas de sangue nov0.
Dolly

domingo, 5 de outubro de 2008

Complexo de Cinderela

Apesar de toda a emancipação feminina, nós ainda fantasiamos com um príncipe encantado, com o qual viveremos felizes para sempre.

Como Cinderela, esperamos que ele venha salvar nossas vidas. Dessa forma, nós nos sentiremos protegidas e seguras para enfrentar ou resolver os obstáculos na vida.

Mesmo sendo mulheres inteligentes e independentes financeiramente, será que não nos sentiremos realizadas se não encontrarmos o nosso príncipe encantado?

Será que nós, mulheres modernas, sofremos o Complexo de Cinderela?

Porque desejamos encontrar alguém igual ou melhor do que nós. Alguém bem-sucedido no trabalho, inteligente, divertido e cheio de programas bacanas para propor. Uma versão masculina do que nós vemos no espelho.

Partimos do princípio sonhador que uma vez encontrado esse homem, que vai nos completar, nada mais nos faltará.

Isso não existe a não ser na ficção.

E quando não encontramos o homem perfeito - afinal, ele não existe - vem a frustração e ficamos com a sensação de que nunca mais seremos felizes de novo.

Ao procurarmos o tipo ideal perdemos a oportunidade de encontrar um homem real, que talvez tenha defeitos e algumas características que não gostamos, mas que poderá nos surpreender em outros aspectos se dermos uma oportunidade para conhecê-lo melhor.

Quando vamos nos convencer de que a vida não é um conto de fadas?

Dolly

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mulher à beira de um ataque de nervos

Não é fácil nos dias de hoje ser mulher independente, inteligente e ainda manter-se calma o tempo todo. Porque há dias em que você está à beira de um ataque de nervos e até a mulher mais tranqüila perde a cabeça! Nesses dias, qualquer juiz deveria considerar os atenuantes na tentativa de um homicídio, principalmente se for contra a pessoa que você estiver envolvida.

Imagine a situação, você conhece uma pessoa interessante, começa a sair com ela e depois de alguns encontros:

a) Ela não te liga mais.
b) Não sai com você, mas no mesmo dia sai com os amigos (sem te convidar, é claro!).
c) Sai com você e depois não dá nenhum sinal de vida.
d) Diz que vai ligar e simplesmente desaparece.
e) Todas as alternativas acima estão corretas.

Será que situações como essas não são de enlouquecer qualquer mulher?!!

E por que não satisfeitas com a situação, procuramos qualquer desculpa esfarrapada como pretexto para ligar? E quando nos damos conta já estamos discando o número?

Pior, só percebemos a merda quando desligamos o telefone, pois
  1. ele não atendeu.
  2. ele não quis atender.
  3. ele desligou de propósito!!
  4. pior de todos, ele atendeu o telefone!!!
  5. não só atendeu, como perguntou porque você ligou!!!!

Depois de tudo isso, por que nós ficamos com raiva, choramos de ódio e amaldiçoamos o momento que passou tal idéia estúpida pela cabeça e algumas horas mais tarde (ou dias) já pensamos em ligar de novo?

Por que será que não conseguimos controlar esse vício-maligno-obsessivo-compulsivo-auto-destrutivo?!!

É pedir demais ter um mínimo de segurança e estabilidade emocional?

Dolly




segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Síndrome de Peter Pan

Será que os homens atualmente sofrem da Síndrome de Peter Pan?

Todos conhecem a história de Peter Pan, um garoto que não queria crescer, que vive no mundo da fantasia conhecido como Terra do Nunca (onde a infância nunca passa) em companhia de um grupo de garotos conhecidos como Garotos Perdidos.

Pensando nisso, será que é tão estranho constatar que muitos homens queiram viver na Terra do Nunca?

Imagine uma vida cheia de aventuras e diversões, sem ninguém para lhe dar ordens e mandar em sua vida. Mantendo-se sempre numa eterna juventude, evitando assim as responsabilidades da vida adulta.

Por que será que cada vez mais eles receiam os comprometimentos e/ou se recusam a agir conforme a sua idade?

Será que é mais fácil enfrentar o Capitão Gancho a perder sua tão inestimável liberdade e suas noitadas com amigos?

Mesmo que encontre Wendy, será que por amor a ela, eles irão querer viver no mundo real, assumir compromissos e dividir responsabilidades?

Será que toda vez que aparecer um problema eles irão voando para Terra do Nunca nos deixando a espera na janela?

Uma vida agitada, mas solitária nessa Terra de Fantasia será melhor do que assumir o risco de crescer e ser feliz com Wendy na vida real?

Será que os Peter Pan modernos um dia vão querer crescer?

Dolly



domingo, 7 de setembro de 2008

Deus do Amor

Muitas mulheres podem viver a vida inteira sem ter nenhuma crença religiosa, mas será que existe alguma mulher que não tenha se ajoelhado aos pés e rezado uma prece ao Deus do Amor?
Quando estão apaixonadas, as mulheres ficam cegas a todo o resto, a única coisa que elas enxergam é o seu amor pelo homem amado. Elas exaltam e valorizam as qualidades desse homem e reduzem os seus defeitos. É como se elas estivessem usando lentes de aumento e tudo nele acaba sendo supervalorizado.
Idealizam esse homem, transformam-no num verdadeiro ídolo de adoração. E assim como as pessoas extremamente religiosas, vivem únicas e exclusivamente para o seu Deus.
A adoração torna-se um hábito, um verdadeiro ritual.

Muitas delas lutam consigo mesmas para manter a ilusão de felicidade, acabam anulando a si mesmas em nome do outro, concordam com tudo o que ele diz só para agradá-lo. Acreditam que dessa forma irão mantê-los sempre por perto e que eles nunca irão abandoná-las.
Por que as mulheres dão tanto poder e tanta importância ao Amor em suas vidas, que tudo o mais perde o sentido sem ele?
Porque a nossa sociedade supervaloriza esse sentimento?

Dolly


domingo, 31 de agosto de 2008

Teoria sobre as bebidas

Outro dia conversando com um amigo, fiquei muito surpreendida com a inusitada teoria dele sobre bebidas e mulheres. Segundo ele, as mulheres seriam como bebidas, no final, não importando a categoria, todas acabam dando dor de cabeça. Pensando nisso, devo dizer que concordo em partes com ele.
Depois de longas horas de meditação, reflexão e auto-análise, se eu fosse me auto-classificar, eu escolheria as seguintes categorias:

1. vinho (tipo de bebida)
2. tinto (cor e aroma)
3. suave (sabor)

Por que o vinho tinto suave?!!
Em primeiro lugar, acredito que eu, assim como o vinho, terei o gosto e sabor apurado à medida que for envelhecendo, ou seja, quando estiver com aproximadamente 50 anos, estarei no ponto de ser consumida!
Segundo ponto a ser esclarecido, o vinho é associado à elegância e ao bom gosto.
O vinho tinto suave tem o seu sabor adocicado ao contato com o paladar. Sua cor é vibrante e viva, sendo muitas vezes associada aos sentimentos intensos como a paixão, a violência, ao ódio e a dor.
Ao ser ingerido em pequenas doses, o vinho provoca um efeito similar ao do contato do fogo, a princípio, provoca uma sensação gostosa de conforto e acolhimento e o desejo de continuar apreciando tal companhia. Mas assim como a proximidade com o fogo, o excesso de ingestão da bebida pode provocar alguns efeitos indesejáveis, como: perturbação dos sentidos, entorpecimento, dor e sofrimento. Estamos, é claro, falando de excessos!
Embora em grandes doses, o vinho possa ocasionar perturbações em geral, já foi comprovado cientificamente que ao ser ingerido em pequenas doses diárias ele ajuda a prevenir doenças cardíacas. Tudo na vida é permitido, se for feito com a devida moderação, até mesmo a ingestão da bebida alcoólica.
E meu amigo argumentou: "mas a água é muito melhor, pois ela é saudável, natural, não causa dependência, nem dor de cabeça e ninguém consegue viver sem ela".
Ok! Concordo plenamente com isso!
A água nos dá o suporte diário que precisamos, ela nos mantêm vivos, blá,blá e blá.
Mas a água é insípida, inodora e incolor!
Você até pode consumir diariamente por uma questão de necessidade vital, mas quando você for buscar algo mais prazeroso e que te dê mais satisfação, não será a água que você irá desejar. As grandes paixões, desejos e emoções não serão encontrados na apreciação da água!
Além disso, o vinho é um ótimo acompanhante e combina com tudo. Fica muito bom com as saladas e ainda melhor ao lado de uma boa macarronada. Foi feito para acompanhar almoços e jantares, mas também está presente nos banquetes e nas grandes festas, nas conversas alegres com os amigos e familiares e não pode faltar naqueles momentos de solidão.
Outro ponto que é fundamental existem pessoas que pagam verdadeiras fortunas para saberem diferenciar e selecionar um bom vinho.
A degustação é considerada uma arte e como tal, poucos são aqueles que têm sensibilidade, discernimento e paciência para apreciá-lo.
A diferença entre o gosto de uma tequila e de uma vodca, você pode descobrir em algumas horas na balada. Agora saber reconhecer e apreciar um bom vinho leva-se anos.

Então, resta-me a dúvida: por que os homens preferem cerveja a um bom vinho?
Dolly

domingo, 3 de agosto de 2008

Numa cidade como São Paulo

Numa cidade como São Paulo, com vinte milhões de habitantes, deveria ser mais fácil encontrar alguém para se relacionar, não é?

Então, por que há tanto desencontro?

Milhões de pessoas de todas as classes e posições, que cruzam os nossos caminhos diariamente e se quer nos dirigem a palavra.

Centenas de milhares que passam correndo por nós, como se não tivessem absolutamente nada em comum, evitam o nosso olhar.

Movemo-nos em meio a essa massa, em meio a essa indiferença brutal, esse isolamento insensível.

Vinte milhões de seres humanos!

Não somos todos seres humanos com qualidades e aptidões, e com o mesmo interesse em sermos felizes?

Numa cidade como São Paulo, quantas pessoas prováveis, de várias nacionalidades, culturas, crenças, formações e ideais, para estabelecer uma relação?

Com vinte milhões de habitantes, por que eu continuo sozinha?
Dolly

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Novas amazonas

Será que as mulheres modernas são as “novas amazonas”?

As mulheres que derrubam preconceitos e cada dia obtêm o seu salário e que não aceitam o tradicional papel doméstico?

Assim como as amazonas, as mulheres modernas são mais independentes do que as outras gerações, elas conseguem se sustentar e se manter sem ajuda dos homens e são ótimas chefes de família.

Ocupam todas as posições importantes na sociedade, são habilidosas empresárias, industriais, artistas, políticas. Conquistaram territórios e ocupações antes consideradas exclusivas dos homens.

Desde cedo, as jovens são educadas nas mesmas atividades que os rapazes e participam até de esportes incrivelmente violentos e perigosos, como boxe, artes marciais.

Hoje, são livres para fazerem incursões ocasionais dentro de “comunidades vizinhas” para fraternizar com o sexo oposto. Perpetuam sua civilização com uma existência extremamente amigável com os aventureiros masculinos que passam através de seu território.

Quando cansam da companhia, os aventureiros são enviados a seguir seu caminho ou são abandonados em alto-mar. São mulheres libertas vivendo a sexualidade de maneira mais autônoma e sem culpa.

Muitas fogem do modelo tradicional de família, assumindo voluntariamente a maternidade, enquanto outras partem para uma produção independente.

Além disso, o casamento deixou de ser uma opção de vida. Elas encarnam uma sociedade onde os papéis sociais estão invertidos.

Será que estamos caminhando para uma sociedade de guerreiras que querem manter a sua independência a qualquer custo?

E muitas mulheres estão deixando de lado a sua feminilidade e estão se tornando cada vez mais competitivas até superarem os homens em tudo.

Será uma forma de se manter e se proteger num mundo dominado pelos homens?
Dolly

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Bombons sem culpa

Isenta da obrigação de procriar ou de se vincular a um homem para que ele a ampare materialmente, a mulher de hoje está cada vez mais em busca do próprio prazer.

Sendo despertado pelos sentidos, o prazer feminino é como a apreciação de um chocolate.

É contemplar a maciez da sua textura. É inspirar o seu aroma adocicado. É saborear o seu gosto forte e ardente. Deixar passeá-lo por todos os estímulos do paladar, até escorrer pela garganta, e transferir a cada parte do corpo o seu estimulante calor.

Apenas pela experimentação conseguimos perceber as suas sutilezas e compreender melhor toda a magia que há na sua infinidade de sabores, cheiros e formatos.

Dessa maneira, uma mulher pode encontrar uma satisfação particular na combinação do chocolate amargo com o sabor intenso da menta, enquanto outra pode preferir a combinação picante de chocolate com um ligeiro toque de pimenta.

Ao experimentar o chocolate, ela descobre a si mesma, desperta para um mundo de sensações adormecidas e inimagináveis.

Então, por que ao nos entregarmos a uma caixa de bombons nos recriminamos tanto e acabamos reprimindo nosso apetite?

Por que nos sentimos tão culpadas quando vivenciamos intensamente essa descoberta?
Dolly

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ditadura da beleza

Todos os dias, a rainha perguntava ao seu Espelho Mágico quem era a mulher mais bonita de todo o reino. Tudo estava tranqüilo, enquanto o Espelho respondia que sua beleza reinava suprema.

Até o dia em que o Espelho respondeu à habitual pergunta com uma revelação: "Branca de Neve é a mais bela do reino".

A malvada rainha percebendo que a jovem possuiria uma beleza que excederia a sua, trama para que esta seja assassinada por um caçador na floresta.

Todas nós sabemos o desfecho desta história, certo?

Mas e na vida real? Como lidar com essa busca desenfreada pela beleza?

Quantas mulheres não se interrogam diante do olhar inquisidor do espelho e acabam se submetendo à ditadura da beleza?

Por onde eu olho (revistas, comerciais, clipes de música, novelas), vejo imagens de mulheres bonitas e sexys: cabelos lisos e sedosos, pele de pêssego, corpo sarado, seios turbinados, roupas impecáveis.

Mulheres maravilhosas fazendo dietas, ginásticas, plásticas, comprando horrores, práticas tão freqüentes e consideradas “normais” pela nossa sociedade.

Será que para nos sentirmos bonitas e sermos aceitas pelas outras pessoas, nós precisaremos seguir o padrão de beleza imposto?

Por acaso nós somos algum tipo de boneca Barbie que vem produzida em série?

Há uma pressão tão grande sobre nós, que devemos o tempo todo ser bem-sucedidas e bonitas, praticamente perfeitas.

E ao olharmos no espelho e percebermos que não encaixamos totalmente nesse padrão, a comparação com a realidade torna-se inevitável e com isso, nós ficamos mais frustradas e angustiadas.

Então, surge a dúvida: Se não conseguirmos nos encaixar nesse padrão, nós seremos excluídas e discriminadas pela sociedade?

Na verdade, essa é uma chance de reafirmar a diversidade e mostrar que a beleza está em todo lugar.

Acredito que só respeitando e valorizando as nossas diferenças, poderemos encontrar o nosso próprio padrão de beleza.

Mas enquanto isso não acontece, haverá espaço para as mulheres que não são vistas apenas como um manequim exposto numa vitrine?

Dolly


sexta-feira, 4 de julho de 2008

A viagem dos sonhos

Apesar de sermos mulheres independentes, ao conhecermos um homem, nós ficamos completamente inseguras e cheias de expectativas em relação a ele, principalmente, no início de um relacionamento.

Conhecer um homem é como conhecer uma nova cidade ou um país. Cada um tem uma geografia, cultura e costumes diferentes do outro.

Embora tenhamos realizado algumas (ou muitas) viagens durante a vida, continuamos com dúvidas e receios na hora de escolher o roteiro de viagem. Talvez por medo de nos arriscar demais ou medo de nos machucar com as eventuais aventuras que possam surgir no trajeto.

No entanto, ao chegarmos ao nosso destino, todo receio parece infundado e sem sentido. Sentimos fascínio pela beleza das paisagens, nos encantamos com a riqueza cultural das cidades exóticas, nos divertimos nos lugares badalados.

Um verdadeiro paraíso!

Depois disso, começamos a acreditar que essa viagem irá oferecer os melhores momentos de nossas vidas e pensamos que muito mais nos espera na fantástica viagem que sempre sonhamos!

Esse caso é bastante familiar a todas nós, certo?

Você começa a gostar do lugar e descobre que quer viver ali para sempre, mas percebe que não conhece bem as condições do país (físicas e psicológicas) e não sabe o que esperar dele.

Como ainda não existe um serviço especializado que ofereça as informações sobre os roteiros de viagem, assistência e qualidade de serviços dos homens, a exploração por territórios desconhecidos pode ser uma aventura perigosa para as mulheres.

Parece que esse lugar foi feito especialmente para nós, mas surgem terríveis dúvidas que tiram o sono:

“Será que devemos viver intensamente e nos entregar ao desconhecido?”
“Será que seremos felizes vivendo aqui?”
“Só viveremos nesse lugar quando o conhecermos suficientemente bem para saber se teremos um futuro estável. Mas existe algum tipo de garantia disso?”

Não há sentido em estabelecer regras e prazos. Cada viagem é única, deve ser vivenciada e aproveitada no presente.

Então, por que não assumimos o controle dos nossos destinos e nos responsabilizamos pelo nosso embarque ou desembarque?

Por que depender do lugar que estivermos para encontrar a nossa felicidade?

Se realmente gostarmos de um lugar, devemos voltar lá um dia, nem que seja de passagem, só para visitá-lo.

Sem argumentar e sem pedir autorização a ninguém, é claro.
Dolly

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Processo Seletivo

Como vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva, torna-se necessária uma boa preparação na hora de enfrentar um processo seletivo para conseguir um emprego ou um namorado.
Uma mulher solteira como eu, assim como as pessoas desempregadas, está o tempo todo participando de processos como esses. Mas como selecionar um namorado?
De tanto participar, já estou virando uma expert no assunto e, por isso, vou esclarecer como eles funcionam.
As etapas de seleção para vaga de namorado variam conforme a empresa (no caso, a mulher), mas no geral elas apresentam 3 etapas.

1. Análise de Currículo – Quando você procura um namorado é importante saber algumas informações sobre o perfil do pretendente. Afinal, os interesses precisam ter um mínimo de compatibilidade, se não será um desperdício de energia e tempo em contratar alguém que não tenha o perfil desejado pela empresa, no caso, o seu.
Nessa etapa, o comportamento, as atitudes e maneiras do candidato são levados em consideração e analisados em equipe (isto é, com as amigas).
Algumas analistas afirmam que esse item não chega a ser eliminatório, mas uma boa aparência conta muitos pontos.

2. Entrevista – Após uma primeira triagem, temos, em seguida, uma das etapas mais importantes do processo, a “Entrevista” ou “The first date” (O primeiro encontro).
Sim, porque nessa etapa é fundamental conhecer melhor o candidato, avaliar suas reais intenções, analisar se os interesses são ou não compatíveis de preferência num lugar confortável, aconchegante.
Todas nós sabemos que num único encontro fica difícil conhecer uma pessoa, mas no primeiro encontro conseguimos definir se há interesse da nossa parte em continuar o processo ou não.

3. Dinâmica – Depois da entrevista, é preciso avaliar o desempenho do pretendente em alguns aspectos, digamos mais “práticos”, por isso, é realizada a chamada “Dinâmica em dupla”, também conhecida como “Teste do sofá”. Essa fase define se há ou não compatibilidade física entre o candidato e a empresa.
Para o candidato ser aprovado no processo seletivo, muitas empresas consideram fundamental um bom desempenho nessa fase. É claro que o teste é bastante subjetivo e varia muito de empresa para empresa, mas para algumas não chega a ser item eliminatório, visto que será analisada a trajetória do candidato e não apenas uma parte.

A dinâmica não necessariamente vem em seguida da entrevista, algumas empresas iniciam o processo pela dinâmica ao invés dessa etapa, depende da política e princípios de cada uma.
A duração do processo varia de empresa para empresa, algumas conseguem estabelecer no primeiro contato uma definição, enquanto outras prolongam dois ou três encontros até terem certeza da decisão.
No meu caso, depois de analisar e comparar vários candidatos potenciais a vaga de namorado e decidir qual será o escolhido, eu agradeço a todos os outros por terem participado do processo e digo a eles que infelizmente não conseguiram a vaga dessa vez de maneira direta, objetiva, mas cordial.
O escolhido, finalmente, começa o trabalho de campo comigo e se fosse realmente possível implementar a política da CLT, seria determinado um prazo de 3 meses de experiência para avaliar as condições do rapaz, mas como na vida real as coisas não funcionam exatamente dessa maneira, esse tempo de experiência depende muito de cada caso.
Às vezes, acabamos selecionando aqueles que tinham todo o potencial para o cargo, e no final das contas, descobrimos que eles não cumpriram suas obrigações ou deixaram muito a desejar.
E os outros que poderiam ter sido selecionados e talvez terem sido melhores, mas que foram deixados de lado por um capricho nosso?
Será que em matéria de relacionamentos, nós, mulheres, somos empregadoras muito exigentes?
Como vocês puderam perceber, o resultado nem sempre corresponde ao desejado, afinal, eu continuo solteira!
Dolly

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Será que os sentimentos são também descartáveis?

O medo de sofrer tornou-se algo tão grande que usamos das maneiras mais estranhas para nos proteger.

Semana passada, uma amiga minha perguntou ao seu mais novo “affair” no msn quando eles se encontrariam de novo, ele respondeu que tinha muito trabalho e que seria difícil se encontrarem naquele fim de semana, mas confirmaria com ela mais tarde.



Resultado, depois dessa conversa, ele simplesmente desapareceu!

Nenhuma mensagem, telefonema, sinal de fumaça, nada!

Infelizmente, como hoje ainda não existe nenhum tipo de garantia para o caso da relação não funcionar, minha amiga me telefonou furiosa e disse:

“A partir de agora não vou mais me relacionar com ninguém, não vou estabelecer nenhum laço com nenhum homem. Não correrei riscos, porque não posso suportar outra perda.”

Além disso, acrescentou que não devemos nos apegar demais às pessoas, pois, só assim, conseguiremos evitar o sofrimento.

Quando ouvi isso achei um verdadeiro absurdo. Mas hoje fiquei na dúvida.

A partir de agora não vamos mais fazer questão de conhecer as pessoas para não sofrermos mais?

Quando um relacionamento começar a ficar mais sério ou antes de sentirmos alguma coisa por alguém, devemos terminar para não sentirmos dor?

Será essa a melhor forma de evitarmos o sofrimento da perda?

Se os relacionamentos estão cada vez mais descartáveis, e por extensão as pessoas que cruzam as nossas vidas, o que sentimos por elas é também descartável?

E o que faremos com os sentimentos que não podem ser reciclados?

Dolly

terça-feira, 10 de junho de 2008

O grande supermercado da vida

Semana dos Namorados.
Essa é pior época do ano para uma mulher independente e solteira como eu.

Todas as pessoas (geralmente são mulheres casadas, enroladas, amigadas e também as mal-amadas que me fazem essa maldita pergunta!) me perguntam pela milésima vez porque eu ainda estou solteira.

Nessas horas, eu respiro fundo e respondo cinicamente que estou muito ocupada em reduzir os custos orçamentários (ou seja, minhas despesas), que preciso olhar as cotações da bolsa (Prada ou Chanel, é claro!) e que tenho coisa mais importante para me preocupar como, por exemplo, "o aquecimento global" (o assunto da moda).


Depois disso, elas calam a boca e começam a falar do último episódio da novela.

Que MERDA!

Eu ainda não encontrei alguém interessante que valesse a pena investir. É só isso!

É claro que isso é verdade! PARCIAL mas não deixa de ser verdade!

Porque a verdade verdadeira é que os homens interessantes já estão comprometidos e os que ainda não estão, fogem de compromisso como criança de injeção!

Hoje é tão fácil encontrar alguém e sair por aí beijando, uma transa sem o menor apego, que acaba tudo se tornando tão banal.

Com tanta diversidade de "produtos" no mercado, quem vai querer comprar um só pacote, se pode levar três pelo mesmo preço e ganhar outro de brinde?


Sem contar a facilidade e comodidade de se comprar algo descartável, que não vai reclamar quando estiver de TPM ou encher o saco nos finais de semana para ir ao shopping.

Imagina se os homens vão querer perder ofertas tão tentadoras nesse mundo nosso consumista e voraz?


Infelizmente, você se torna só mais um produto na prateleira do grande supermercado da vida!
Dolly.