terça-feira, 28 de outubro de 2008

Design Feminino

Somos bombardeadas com imagens de mulheres lindas com corpos perfeitos diariamente, com isso nos deixamos aprisionar por padrões estéticos cruéis e duros. E, muitas vezes, deixamos que eles definam o que podemos ou não vestir, aonde ir, como agir.

Nós cobramos de nós mesmas uma imagem de perfeição que não existe. Por mais que nos esforcemos, estamos constantemente insatisfeitas com nossos corpos. Encontramos sempre algo que gostaríamos de mudar para ficar perto desse ideal de beleza e acabamos por supervalorizar nossas “imperfeições”.

Uma vez, um amigo disse brincando que cada mulher tinha um design diferente, único, como um carro. E ele, como a grande maioria dos homens, está sempre observando e analisando, de maneira desinteressada, os últimos lançamentos assim como os modelos no mercado.

Tratando-se de carro, o que realmente procuramos no momento de compra? Será que só levamos em conta o seu design? Conforto, praticidade e economia não são aspectos a serem considerados?

Pensando nisso, imagine encontrar, na rua, um design sedutor, com formas curvas elegantes e o acabamento arredondado. Além disso, equipado com vários itens de conforto e segurança (câmbio automático, air bag duplo e direção hidráulica, ar-condicionado e CD player com MP3). Seria um deleite para os olhos e felicidade de qualquer motorista, não é mesmo?

Então, será que uma mulher só ficará satisfeita quando se tornar um Corolla Sedan ou Honda Civic?

É claro que viver se comparando com outros modelos é uma exigência com relação ao corpo muito grande e interfere de maneira negativa na vida com o passar do tempo. Entretanto, como manter a auto-estima elevada numa sociedade marcada pelos padrões?

Ao estabelecer nossa própria definição de beleza, podemos nos esforçar para conquistar o nosso melhor design. Motivar-nos é muito mais saudável do que desejar as formas inalcançáveis da última tendência do Salão do Automóvel.

Um modelo como o Ford Ka, pode não agradar a todos os compradores, mas ele possuí características que são diferenciais, como um design arrojado, compacto, prático e econômico. Além disso, tem charme e conforto, o que tem aumentado a popularização desse tipo de veículo, principalmente entre os jovens.

E o que falar de um Jeep Cherokee: grande e muito espaçoso, que apresenta design moderno, com linhas retas, tem uma grande potência do motor e a ideal para viagens com a família.
Se nós temos gostos e necessidades diferentes, por que devemos seguir esta imposição de padrões?

Por que, então, não aceitamos nossas diferenças?

São, justamente, essas diferenças que nós fazem únicas. Todas nós temos algo que nos diferencia das outras, pode ser tanto uma característica física quanto de personalidade. Vamos nos permitir sermos (im)perfeitas e quem quiser que nos aceite e compre o nosso modelo. No final das contas, todas nós queremos andar com conforto e segurança, independentemente do estilo.
Dolly

sábado, 18 de outubro de 2008

Gosto de sangue

Sexta-feira à noite, muitas mulheres independentes e livres transitam pelos lugares badalados da cidade em busca de diversão e/ou companhia.

Famintas e com os corpos ávidos por carne humana, elas saem numa caçada pela presa perfeita.

O tempo todo, permanecem alertas, como cães vigilantes que guardam a casa. Andam apenas em bandos e olham ao redor a procura, dentre muitos homens, daquele que parece ser a vítima ideal.

Apesar da fome, escolhem muito bem as suas vítimas, pois são muito exigentes e não provam qualquer alimento. Aos seus olhos afiados, não escapam os detalhes e os contornos precisos do corpo viril.

Embaladas pelo ritmo frenético da música alta ou do alto teor de bebida, elas sentem no ar o aroma adocicado do sangue dos homens. O cheiro as deixam extasiadas.

Depois de sondar bem a área, elas se aproximam cautelosamente da presa para não assustá-la ou intimidá-la. E assim, elas tornam-se predadoras.

Inteligentes, sensuais e atraentes, as vampiras modernas, não querem compromisso, curtem ao máximo a vida e continuam sedentas de sangue nov0.
Dolly

domingo, 5 de outubro de 2008

Complexo de Cinderela

Apesar de toda a emancipação feminina, nós ainda fantasiamos com um príncipe encantado, com o qual viveremos felizes para sempre.

Como Cinderela, esperamos que ele venha salvar nossas vidas. Dessa forma, nós nos sentiremos protegidas e seguras para enfrentar ou resolver os obstáculos na vida.

Mesmo sendo mulheres inteligentes e independentes financeiramente, será que não nos sentiremos realizadas se não encontrarmos o nosso príncipe encantado?

Será que nós, mulheres modernas, sofremos o Complexo de Cinderela?

Porque desejamos encontrar alguém igual ou melhor do que nós. Alguém bem-sucedido no trabalho, inteligente, divertido e cheio de programas bacanas para propor. Uma versão masculina do que nós vemos no espelho.

Partimos do princípio sonhador que uma vez encontrado esse homem, que vai nos completar, nada mais nos faltará.

Isso não existe a não ser na ficção.

E quando não encontramos o homem perfeito - afinal, ele não existe - vem a frustração e ficamos com a sensação de que nunca mais seremos felizes de novo.

Ao procurarmos o tipo ideal perdemos a oportunidade de encontrar um homem real, que talvez tenha defeitos e algumas características que não gostamos, mas que poderá nos surpreender em outros aspectos se dermos uma oportunidade para conhecê-lo melhor.

Quando vamos nos convencer de que a vida não é um conto de fadas?

Dolly