domingo, 20 de março de 2011

Ou isto ou aquilo*


Se a cada escolha que fazemos somos guiados a uma direção, como a nossa vida seria se tivéssemos feito outras escolhas?

Esse é o dilema enfrentando por Erica*, uma mulher de 32 anos, solteira e que, no momento, está desempregada. Ela tem uma série de arrependimentos em sua vida e acredita que foram suas escolhas que a levaram até ali. No entanto, ela ganha a oportunidade de voltar no tempo e mudar suas decisões.

Se tivéssemos a oportunidade de mudar nossas escolhas, como Erica, o que faríamos diferente?

Algumas escolhas em particular modificam significativamente a nossa vida e não sabemos como lidar com elas. Dúvidas relacionadas à carreira, ao dinheiro, à vida pessoal e amorosa surgem com grande frequência, como:

E agora o que faço com minha vida? Continuo no meu emprego ou mudo de área? Continuo vivendo com meus pais ou vou morar sozinha?  Devo priorizar meu trabalho ou ter um filho? Faço uma pós ou viajo para o exterior? Caso ou compro uma bicicleta? etc.

Vivemos num mundo que nos oferece uma série de opções e isso, às vezes, nos traz angústias e ansiedade, por não sabermos qual delas escolher. Com tantas dúvidas e incertezas, é natural escolhermos uma das opções e depois ficarmos frustrados com a decisão ou nos arrependermos por não ter escolhido a outra opção.

Se estivéssemos num corredor, em meio a tantas portas, qual nós deveríamos escolher?
E se escolhêssemos outra porta? Essa escolha teria feito diferença na nossa vida?
Será que somos, no final, das contas, a soma de nossas escolhas?

Um abraço
Dolly

*Ou isto ou aquilo – Referência ao poema de Cecília Meireles
**Referência a Erica, personagem da série canadense Being Erica.


domingo, 13 de março de 2011

Cidades em Ruínas

Uma amiga me ligou desesperada e disse o quanto ela está arrasada com o fim de sua relação amorosa e que tem sofrido muito por conta disso. Ela me fez uma série de perguntas, as quais não soube responder:

O que eu posso fazer se ele não sai da minha cabeça? Se a todo instante, me vem a sua imagem na lembrança? O que eu faço se todos os meus pensamentos costumam se dirigir em sua direção? Se desejo ficar o tempo todo em sua presença? O que devo fazer para ele voltar? Para não me esquecer? O que devo fazer para suportar a sua ausência? Como conseguir viver se ele não estiver comigo?

Esta situação nos parece bastante familiar, não? Quem já passou por isto, sabe o quanto é difícil e doloroso superar a separação e seguir em frente.
O sofrimento dela me fez lembrar a destruição no Japão. A dor é como uma cidade arrasada por um tsunami. Com sua força e violência, engole casas e carros, arrasta navios, coloca edifícios no chão. Por onde passa, deixa seus rastros de devastação. Deixa cidades em ruínas.
Milhares de pessoas desabrigadas, outras centenas soterradas e mortas; impotentes, vemos a desolação dos sobreviventes, ainda amedrontados, arrasados com tudo o que aconteceu. 
Assim como eles, essa minha amiga está ansiosa por um auxílio e não sabe o que fazer e nem por onde começar restabelecer a ordem em sua vida.

O que devemos fazer diante de nossas cidades em ruínas?
Será que teremos forças suficientes para nos reconstruirmos?
Em meio ao caos, onde encontraremos um abrigo?
Será que uma equipe de resgate virá nos salvar?
Existem meios de nos prevenir contra os eventuais rompimentos que surgirem em nossas vidas assim como os terremotos no futuro?

Um abraço
Dolly