domingo, 12 de junho de 2011

O Dia dos Namorados


Há exatos três anos, eu escrevi sobre a angústia que antecede o dia dos namorados, principalmente, se você não tem um. Passados três anos, a situação continua a mesma, mas pelo menos a angústia diminuiu um pouco.

Mas por que essa necessidade constante de autoafirmação por meio do outro? Por que nós temos que ter um namorado para sermos felizes e realizadas?

Depositamos todas as nossas expectativas e esperanças em nossas relações. E quando elas não se concretizam (afinal, nem sempre é possível realizá-las) nos frustramos e nos decepcionamos muito.

Acredito que seja uma carga muito grande para qualquer ser humano a de se tornar responsável pela felicidade alheia. Imagine só, nós mal conseguimos garantir a nossa felicidade e esperamos que o outro nos faça felizes.

Será que não somos muito exigentes em nossas relações? Será que nossas expectativas não são altas demais? Não poderemos ser felizes solteiras?

Um abraço

Dolly


7 comentários:

ANDREIA disse...

Continuamos a perder muitas coisas na vida só por causa da falta de coragem. Na verdade, nenhum esforço é necessário para conquistar – só é preciso coragem – e as coisas começarão a vir até você, em vez de você ir atrás delas. Pelo menos no mundo interior é assim.
E para mim, ser feliz é a maior coragem. Ser infeliz é uma atitude muito covarde. Na realidade, para ser infeliz, não é preciso nada. Qualquer covarde pode ser, qualquer tolo pode ser. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo.

ANDREIA disse...

Mas nós nos habituamos. Se pararmos de ser infelizes, nos sentiremos muito sozinhos, perderemos nossa maior companhia. A infelicidade virou nossa sombra – nos segue por toda a parte. Quando não há ninguém por perto, pelo menos a infelicidade está ali presente – você se casa com ela. E trata-se de um casamento muito, muito longo; você está casado com a sua infelicidade há muitas vidas.
Agora chegou a hora de se divorciar dela. Isto é o que eu chamo de a grande coragem – divorciar-se da infelicidade, perder o hábito mais antigo da mente humana, a companhia mais fiel.

Magda Stützel disse...

Olá querida...adorei ler seu post e vi que temos muito em comum...engraçado como todo mundo pensa a mesma coisa da gente não é?Pq será que temos que ter alguém pra mostrarmos felicidade?me identifiquei muito com seu blog e acho que tiro umas ideias bem legais daqui,um bj!

Dolly disse...

Oie, Magda. Tudo bem?
Fiquei feliz em saber que vc gostou do blog e que temos algo em comum.
Todos nós somos seres incompletos e estamos em constante busca de alguém legal ao nosso lado,mas a questão principal é que não precisamos fazer disso o centro do nosso universo.
Vamos levando a vida,pois quando a gente menos espera, acontece.
Um beijão

Dolly disse...

Oie, Andreia.Tudo bem?
Concordo com você,o medo paralisa o corpo e a mente,estereliza as vontades e sufoca a nossa coragem.
Quantas coisas deixamos de realizar por causa do medo?
Muitas vezes,deixamos de ser felizes por medo de tentar e arriscar. Clarice Lispector já dizia que o risco é inevitável na vida,sem ele não vale a pena viver.
Um abraço

Paloma disse...

Acho que o problema é que na sociedade atual impera o estigma de que para a mulher ser realmente feliz ela precisa ter um companheiro a seu lado e filhos para cuidar porque ser realizada profissionalmente e estar sozinha querendo ou não ainda é visto pela sociedade como sendo uma mulher incompleta. E dessa maneira as mulheres começam a achar que realmente é melhor estar mal-acompanhada do que solteira, porque pelo menos assim elas estarão mais perto da tão almejada felicidade.

Dolly disse...

Oie,Paloma
Concordo com vc. Existe ainda aquele estigma que mulher só realiza plenamente quando estiver casada e for mãe. E como podemos perceber não é bem esta a realidade.
Bjs