domingo, 31 de agosto de 2008

Teoria sobre as bebidas

Outro dia conversando com um amigo, fiquei muito surpreendida com a inusitada teoria dele sobre bebidas e mulheres. Segundo ele, as mulheres seriam como bebidas, no final, não importando a categoria, todas acabam dando dor de cabeça. Pensando nisso, devo dizer que concordo em partes com ele.
Depois de longas horas de meditação, reflexão e auto-análise, se eu fosse me auto-classificar, eu escolheria as seguintes categorias:

1. vinho (tipo de bebida)
2. tinto (cor e aroma)
3. suave (sabor)

Por que o vinho tinto suave?!!
Em primeiro lugar, acredito que eu, assim como o vinho, terei o gosto e sabor apurado à medida que for envelhecendo, ou seja, quando estiver com aproximadamente 50 anos, estarei no ponto de ser consumida!
Segundo ponto a ser esclarecido, o vinho é associado à elegância e ao bom gosto.
O vinho tinto suave tem o seu sabor adocicado ao contato com o paladar. Sua cor é vibrante e viva, sendo muitas vezes associada aos sentimentos intensos como a paixão, a violência, ao ódio e a dor.
Ao ser ingerido em pequenas doses, o vinho provoca um efeito similar ao do contato do fogo, a princípio, provoca uma sensação gostosa de conforto e acolhimento e o desejo de continuar apreciando tal companhia. Mas assim como a proximidade com o fogo, o excesso de ingestão da bebida pode provocar alguns efeitos indesejáveis, como: perturbação dos sentidos, entorpecimento, dor e sofrimento. Estamos, é claro, falando de excessos!
Embora em grandes doses, o vinho possa ocasionar perturbações em geral, já foi comprovado cientificamente que ao ser ingerido em pequenas doses diárias ele ajuda a prevenir doenças cardíacas. Tudo na vida é permitido, se for feito com a devida moderação, até mesmo a ingestão da bebida alcoólica.
E meu amigo argumentou: "mas a água é muito melhor, pois ela é saudável, natural, não causa dependência, nem dor de cabeça e ninguém consegue viver sem ela".
Ok! Concordo plenamente com isso!
A água nos dá o suporte diário que precisamos, ela nos mantêm vivos, blá,blá e blá.
Mas a água é insípida, inodora e incolor!
Você até pode consumir diariamente por uma questão de necessidade vital, mas quando você for buscar algo mais prazeroso e que te dê mais satisfação, não será a água que você irá desejar. As grandes paixões, desejos e emoções não serão encontrados na apreciação da água!
Além disso, o vinho é um ótimo acompanhante e combina com tudo. Fica muito bom com as saladas e ainda melhor ao lado de uma boa macarronada. Foi feito para acompanhar almoços e jantares, mas também está presente nos banquetes e nas grandes festas, nas conversas alegres com os amigos e familiares e não pode faltar naqueles momentos de solidão.
Outro ponto que é fundamental existem pessoas que pagam verdadeiras fortunas para saberem diferenciar e selecionar um bom vinho.
A degustação é considerada uma arte e como tal, poucos são aqueles que têm sensibilidade, discernimento e paciência para apreciá-lo.
A diferença entre o gosto de uma tequila e de uma vodca, você pode descobrir em algumas horas na balada. Agora saber reconhecer e apreciar um bom vinho leva-se anos.

Então, resta-me a dúvida: por que os homens preferem cerveja a um bom vinho?
Dolly

domingo, 3 de agosto de 2008

Numa cidade como São Paulo

Numa cidade como São Paulo, com vinte milhões de habitantes, deveria ser mais fácil encontrar alguém para se relacionar, não é?

Então, por que há tanto desencontro?

Milhões de pessoas de todas as classes e posições, que cruzam os nossos caminhos diariamente e se quer nos dirigem a palavra.

Centenas de milhares que passam correndo por nós, como se não tivessem absolutamente nada em comum, evitam o nosso olhar.

Movemo-nos em meio a essa massa, em meio a essa indiferença brutal, esse isolamento insensível.

Vinte milhões de seres humanos!

Não somos todos seres humanos com qualidades e aptidões, e com o mesmo interesse em sermos felizes?

Numa cidade como São Paulo, quantas pessoas prováveis, de várias nacionalidades, culturas, crenças, formações e ideais, para estabelecer uma relação?

Com vinte milhões de habitantes, por que eu continuo sozinha?
Dolly