segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dependência Emocional







Muitas mulheres são bastante ativas e guerreiras no dia a dia; trabalham, cuidam da casa e dos filhos, lutam por seus sonhos, desejam descobrir a cura para o câncer, explorar outros planetas como Marte, escrever um grande livro como “Crime e Castigo” e muito mais. Entretanto se estão sozinhas parece que a vida perde o sentido.

Por que para nos sentirmos felizes e realizadas precisamos estar ao lado de alguém? Será que não podemos ficar bem sozinhas? Por que será que nós somos tão dependentes emocionalmente?

Ouvindo o relato de algumas mulheres*, fiquei triste em constatar o quanto nós, mulheres, damos demasiada importância aos relacionamentos. É impressionante a energia e o tempo que investimos nas nossas relações, a quantidade de expectativas e esperanças que depositamos nelas e o quanto ficamos dependentes dos homens.
O desejo irrefreável de estar ao lado de um homem pode levar a uma dependência emocional muito devastadora. Os efeitos são os mais diversos possíveis, a seguir estão listados alguns males causados pelo uso indiscriminado de homem:

A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:
  1. período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade).
  2. perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa rapidamente quando estamos ao lado do homem amado e mais lentamente quando estamos longe (alguns minutos longe dele podem parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (a distância em que você está do homem amado).
  3. perda do equilíbrio e estabilidade emocional.
  4. alteração da memória recente (não se recordar das desculpas que ele disse por não ter ido nos últimos encontros, esquecer as mentiras que ele inventou por estar com outra mulher, os defeitos e imperfeições dele, etc.)
  5. falha nas funções intelectuais e cognitivas.
  6. maior fluxo de idéias, pensamento mais rápido que a capacidade de falar, dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
  7. Perda de apetite (enfim, uma boa notícia).
Doses mais altas podem levar a:            
  1. alucinações, ilusões e paranoias (ideias de futuro namoro, casamento, filhos).
  2. pensamentos confusos e desorganizados (será que ele me ama tanto quanto eu o amo? Será que ele vai me achar tão bonita quanto no dia que me conheceu?)
  3. despersonalização (tudo o que ele diz, você acaba concordando; você aceita tudo o que ele propõe e não contesta nada).
  4. ansiedade e angústia que podem levar ao pânico caso ele esteja ausente ou não se comporte da mesma maneira que no início da relação.
  5. medo de traição ou, ainda pior, de eventual separação.
  6. distorção da realidade.
Os malefícios da dependência de homem

Como qualquer droga, a dependência de homem devasta rapidamente uma mulher que ama demais. E a sua ausência causa uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos quanto a de dependentes químicos.
Bastam algumas semanas ou mesmo dias para o aparecimento de alguns sintomas como: desânimo profundo, insônia, ansiedade persistente, agitação intensa e até mesmo depressão. E, muitas vezes, a fim de aliviar a sensação de insatisfação, insegurança, infelicidade e o medo de rejeição, muitas mulheres recorrem a relações problemáticas.

Mas se analisarmos bem, quantas vezes não nos sentimos sozinhas embora estivéssemos na companhia de outras pessoas? Será que não é melhor ficar sozinha a ter uma relação insatisfatoria?

Será que, às vezes, a solidão não é necessária para nos conhecermos melhor? Será preciso ter alguém ao nosso lado para sentirmos prazer em nossa companhia? Ou para fortalecer nossa autoestima e segurança em nós mesmas?

Um abraço

Dolly


 *relatos ouvidos no Encontro de Vigilantes da Autoestima.




6 comentários:

Juliana Gois disse...

Bom dia querida...
Eu estava no encontro do Vae... gostei muito do seu blog...
Beijos

Dolly disse...

Obrigada,Juliana.Valeu!
Um abraço

Blog da Marina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Blog da Marina disse...

Acredito que é natural do ser humano estar vinculado a algo ou a alguém. Observe um mendigo: mesmo vivendo na merda, sem eira, nem beira, logo se alia a um vira-lata pra sentir-se "conectado", "ligado", "participante" de um mundo sócio-afetivo. Logo, querer vincular-se emocionalmente ao outro é uma necessidade, não é uma dependência. Se há dependência seja ela qual for, é doença e doença tem que ser tratada. Mas,não é o fim querer (e muito)ser amada, cuidada, respeitada, adorada, idolatrada... O que algumas mulheres "esquecem" é de conectar-se primeiramente com seu próprio eu, esse outro ou outra que habita dentro da gente. A dependência surge quando acontece a resistência para fazer este encontro consigo mesma. Aí vem essa identidade de dependente histérica: uma criatura que não existe, senão no outro. É preciso buscar ajuda pra sair de qualquer dependência. Querer estar com o outro é bom e bem saudável. Querer o outro desesperadamente, como parte daquilo que vc não encontra em si própria, configura-se em uma pessoa fragmentada de emoções, buscando "caquinhos" de amor e afeição para não sentir-se só, nem sozinha consigo mesma. O lance é se livrar, e rápido, dessas tais "dependências" de algo ou alguém. Vale gravar aquela frase, MAS, para uso próprio: "PROMETO ME AMAR E ME RESPEITAR, NA SAÚDE OU NA DOENÇA, AGORA E SEMPRE,Amém! rs.. Daí, se surgir uma oportunidade para usá-la "com" o outro, porque não? Bjos. :O)

luiz santos disse...

o seu blog é lindo. gostei muito,

Amanda disse...

Realmente eu namorei muito tempo, pulava d eum namoro para outro...agora quero mais é paz!
Estou aproveitando esse tempo para reestabelecer minahs metas e amando muito tudo isso!
Parece propaganda de mc mas não voltava a ser q nem 1 ano atrás nem por decreto!

bjs