sexta-feira, 27 de junho de 2008

Processo Seletivo

Como vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva, torna-se necessária uma boa preparação na hora de enfrentar um processo seletivo para conseguir um emprego ou um namorado.
Uma mulher solteira como eu, assim como as pessoas desempregadas, está o tempo todo participando de processos como esses. Mas como selecionar um namorado?
De tanto participar, já estou virando uma expert no assunto e, por isso, vou esclarecer como eles funcionam.
As etapas de seleção para vaga de namorado variam conforme a empresa (no caso, a mulher), mas no geral elas apresentam 3 etapas.

1. Análise de Currículo – Quando você procura um namorado é importante saber algumas informações sobre o perfil do pretendente. Afinal, os interesses precisam ter um mínimo de compatibilidade, se não será um desperdício de energia e tempo em contratar alguém que não tenha o perfil desejado pela empresa, no caso, o seu.
Nessa etapa, o comportamento, as atitudes e maneiras do candidato são levados em consideração e analisados em equipe (isto é, com as amigas).
Algumas analistas afirmam que esse item não chega a ser eliminatório, mas uma boa aparência conta muitos pontos.

2. Entrevista – Após uma primeira triagem, temos, em seguida, uma das etapas mais importantes do processo, a “Entrevista” ou “The first date” (O primeiro encontro).
Sim, porque nessa etapa é fundamental conhecer melhor o candidato, avaliar suas reais intenções, analisar se os interesses são ou não compatíveis de preferência num lugar confortável, aconchegante.
Todas nós sabemos que num único encontro fica difícil conhecer uma pessoa, mas no primeiro encontro conseguimos definir se há interesse da nossa parte em continuar o processo ou não.

3. Dinâmica – Depois da entrevista, é preciso avaliar o desempenho do pretendente em alguns aspectos, digamos mais “práticos”, por isso, é realizada a chamada “Dinâmica em dupla”, também conhecida como “Teste do sofá”. Essa fase define se há ou não compatibilidade física entre o candidato e a empresa.
Para o candidato ser aprovado no processo seletivo, muitas empresas consideram fundamental um bom desempenho nessa fase. É claro que o teste é bastante subjetivo e varia muito de empresa para empresa, mas para algumas não chega a ser item eliminatório, visto que será analisada a trajetória do candidato e não apenas uma parte.

A dinâmica não necessariamente vem em seguida da entrevista, algumas empresas iniciam o processo pela dinâmica ao invés dessa etapa, depende da política e princípios de cada uma.
A duração do processo varia de empresa para empresa, algumas conseguem estabelecer no primeiro contato uma definição, enquanto outras prolongam dois ou três encontros até terem certeza da decisão.
No meu caso, depois de analisar e comparar vários candidatos potenciais a vaga de namorado e decidir qual será o escolhido, eu agradeço a todos os outros por terem participado do processo e digo a eles que infelizmente não conseguiram a vaga dessa vez de maneira direta, objetiva, mas cordial.
O escolhido, finalmente, começa o trabalho de campo comigo e se fosse realmente possível implementar a política da CLT, seria determinado um prazo de 3 meses de experiência para avaliar as condições do rapaz, mas como na vida real as coisas não funcionam exatamente dessa maneira, esse tempo de experiência depende muito de cada caso.
Às vezes, acabamos selecionando aqueles que tinham todo o potencial para o cargo, e no final das contas, descobrimos que eles não cumpriram suas obrigações ou deixaram muito a desejar.
E os outros que poderiam ter sido selecionados e talvez terem sido melhores, mas que foram deixados de lado por um capricho nosso?
Será que em matéria de relacionamentos, nós, mulheres, somos empregadoras muito exigentes?
Como vocês puderam perceber, o resultado nem sempre corresponde ao desejado, afinal, eu continuo solteira!
Dolly

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Será que os sentimentos são também descartáveis?

O medo de sofrer tornou-se algo tão grande que usamos das maneiras mais estranhas para nos proteger.

Semana passada, uma amiga minha perguntou ao seu mais novo “affair” no msn quando eles se encontrariam de novo, ele respondeu que tinha muito trabalho e que seria difícil se encontrarem naquele fim de semana, mas confirmaria com ela mais tarde.



Resultado, depois dessa conversa, ele simplesmente desapareceu!

Nenhuma mensagem, telefonema, sinal de fumaça, nada!

Infelizmente, como hoje ainda não existe nenhum tipo de garantia para o caso da relação não funcionar, minha amiga me telefonou furiosa e disse:

“A partir de agora não vou mais me relacionar com ninguém, não vou estabelecer nenhum laço com nenhum homem. Não correrei riscos, porque não posso suportar outra perda.”

Além disso, acrescentou que não devemos nos apegar demais às pessoas, pois, só assim, conseguiremos evitar o sofrimento.

Quando ouvi isso achei um verdadeiro absurdo. Mas hoje fiquei na dúvida.

A partir de agora não vamos mais fazer questão de conhecer as pessoas para não sofrermos mais?

Quando um relacionamento começar a ficar mais sério ou antes de sentirmos alguma coisa por alguém, devemos terminar para não sentirmos dor?

Será essa a melhor forma de evitarmos o sofrimento da perda?

Se os relacionamentos estão cada vez mais descartáveis, e por extensão as pessoas que cruzam as nossas vidas, o que sentimos por elas é também descartável?

E o que faremos com os sentimentos que não podem ser reciclados?

Dolly

terça-feira, 10 de junho de 2008

O grande supermercado da vida

Semana dos Namorados.
Essa é pior época do ano para uma mulher independente e solteira como eu.

Todas as pessoas (geralmente são mulheres casadas, enroladas, amigadas e também as mal-amadas que me fazem essa maldita pergunta!) me perguntam pela milésima vez porque eu ainda estou solteira.

Nessas horas, eu respiro fundo e respondo cinicamente que estou muito ocupada em reduzir os custos orçamentários (ou seja, minhas despesas), que preciso olhar as cotações da bolsa (Prada ou Chanel, é claro!) e que tenho coisa mais importante para me preocupar como, por exemplo, "o aquecimento global" (o assunto da moda).


Depois disso, elas calam a boca e começam a falar do último episódio da novela.

Que MERDA!

Eu ainda não encontrei alguém interessante que valesse a pena investir. É só isso!

É claro que isso é verdade! PARCIAL mas não deixa de ser verdade!

Porque a verdade verdadeira é que os homens interessantes já estão comprometidos e os que ainda não estão, fogem de compromisso como criança de injeção!

Hoje é tão fácil encontrar alguém e sair por aí beijando, uma transa sem o menor apego, que acaba tudo se tornando tão banal.

Com tanta diversidade de "produtos" no mercado, quem vai querer comprar um só pacote, se pode levar três pelo mesmo preço e ganhar outro de brinde?


Sem contar a facilidade e comodidade de se comprar algo descartável, que não vai reclamar quando estiver de TPM ou encher o saco nos finais de semana para ir ao shopping.

Imagina se os homens vão querer perder ofertas tão tentadoras nesse mundo nosso consumista e voraz?


Infelizmente, você se torna só mais um produto na prateleira do grande supermercado da vida!
Dolly.