sábado, 31 de julho de 2010

Uma galinha


No galinheiro, estava reunido um grupo de galinhas, a maioria era mãe exemplar e experiente, e elas estavam sentadas sobre os ovos à espera dos seus filhotes. Orgulhosas da maternidade, elas contavam com detalhes os prazeres e desconfortos da gestação, as travessuras dos pequenos (hoje não tão pequenos) para as mais jovens e mães de primeira viagem. Conversavam animadamente até o momento em que uma galinha disse que não botaria ovo nenhum. Todas olharam para ela e estranharam tal atitude, afinal o destino natural delas era ser esposa e mãe.
Como ela poderia contrariar sua “natureza”? Por que motivos ela estaria abnegando da maternidade, uma dádiva divina? Por que estaria fugindo de sua essência feminina ao se negar ser mãe e não querer se dedicar aos filhos? Não estaria ela sendo egoísta ao fazer tal escolha? Não seria apenas medo de assumir responsabilidades? O que faria ela se no futuro percebesse que cometera um erro e fosse tarde demais para consertá-lo?
E diante de tantas perguntas, ela respondeu que não conseguiria ser mãe. Afirmou que nunca sequer se imaginara desempenhando este papel. E que ainda não sabia se um dia iria querer ter filhos. Disse ainda que não abriria mão de sua liberdade e de suas coisas para se dedicar a eles. Ela queria era ser galo e cantar pelo mundo afora. E estava certa de que não se arrependeria mais tarde.
Todas ficaram surpresas e algumas horrorizadas com tal resposta.
Então, restam algumas dúvidas: Ela deverá ser condenada por pensar e agir diferente do esperado pelas expectativas sociais? Ao se abnegar da maternidade, ela terá “fracassado socialmente” e por não desempenhar o papel de mãe, estará indo contra a sua “natureza”? Por isso será discriminada pela sociedade?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Baladas ou Roubadas?



Depois de uma semana exaustiva, em que tive vontade de matar minha chefe, de estrangular meia dúzia de pessoas no meu trabalho e de me jogar do décimo quinto andar; vibrei de tanta felicidade porque, finalmente, havia chegado o final de semana.
Eu me programei a semana inteira para tal, organizei e planejei em todos os detalhes o que fazer (onde, quando, quanto e com quem) nestes dias maravilhosos de descanso.
Fiquei toda animada para sair com os amigos , no entanto, hoje ao me preparar para sair de novo, lembrei-me das últimas (fatídicas) “baladas” e o tudo o que tinha dado errado:
  1. Antes das 2 horas, meus olhos ficaram pesados e eu não parei de bocejar.
  2. Fiquei impaciente porque o lugar estava muito cheio.
  3. Os homens ao meu lado mais pareciam meus irmãos mais novos do que pretendentes a namorado.
  4. Ouvi a maioria das músicas e não conhecia nenhuma ou, ao contrário, conhecia todas as músicas quando era flashback.
  5. Quando tocou uma música conhecida, comecei a pular e dançar freneticamente. Em seguida, tive que sentar e tomar fôlego, porque já estava cansada.
  6. As menininhas na fila do banheiro me chamaram de senhora e me deixaram passar na frente.
  7. Tomei duas doses de caipirinha, fiquei alegrinha e já queria dançar com o segurança.
  8. Não tive paciência em esperar a longa fila na hora de pagar.
  9. Fui embora antes das 3 horas, cansada, exausta e querendo dormir o mais rápido possível.
  10. E a única coisa que peguei foi gripe por sair, no frio e de madrugada, sem casaco.
Depois de tudo isso, eu me pergunto: Por que continuar insistindo em ir em balada? Será que vale a pena arriscar mais um final de semana num programa que pode ser uma roubada?
É duro ter que admitir, mas não tenho mais o pique de antes! (Suspiros) Vou ficar em casa (segura e salva de micos) de pijama de bolinha, assistindo a mais um filme no Supercine, comendo pipoca que ganho mais.
Um abraço
Dolly


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Uma mente cheia de dor e muitas lembranças


Caras amigas
Nós, mulheres, estamos o tempo todo nos envolvendo com pessoas que nos fazem sofrer e que não nos valorizam de verdade. Depois do fim da relação, sempre nos perguntamos por que com a gente as coisas nunca dão certo. Por que não conseguimos esquecer Fulano ou por que continuamos gostando tanto de Beltrano? E quando percebemos logo estamos obcecadas pelo C, depois D e assim por diante.
E como ainda não inventaram uma fórmula mágica para evitar o fascínio e encanto dos homens-problemas e, infelizmente, ainda não criaram um processo de esquecimento de pessoas como o criado pela empresa Lacuna no filme “O Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças”, temos que tomar algumas precauções.
Uma amiga que superou a separação, a obsessão-maníaca-depressiva e hoje vive super bem (fazendo terapia e tomando o seu Revotril) dá 10 sugestões básicas para sobreviver.
Se você já tentou de tudo para reconquistá-lo (telefonemas, mensagens no celular, e-mail, faixas na rua, serenatas, declaração de amor em carro de som e outros king-kongs do tipo) e ele ainda assim está decidido a não voltar, então chegou a hora de esquecê-lo:

1. Mantenha a distância dele e de tudo que lembre ele. Pegue um saco de lixo grande e jogue fora todas as coisas que ele te deu ou que você guardou de lembrança dos momentos com ele (fotos, ursinhos, camisetas com coraçõezinhos, papel de bombom, rosas secas e mal cheirosas, ticket do estacionamento do restaurante que vocês foram pela 1º vez, etc). Importante: Não guarde nada, se não o processo de “limpeza” não irá funcionar.


2. Apague todos os meios de contato dele (número de telefone da casa dele, do celular, do escritório, dos tios e vizinhos; endereço de casa, e-mail, MSN, Orkut, Facebook, Twitter), pois toda vez que sentir vontade de falar com ele, você não terá como fazê-lo.

3. Depois desse processo, JAMAIS (eu disse JAMAIS!) crie um perfil fake no Orkut para ver como ele está, se está saindo com alguém. JAMAIS procure por “acaso” o contato dele na lista de amigos seus no Facebook. JAMAIS deixe o endereço do MSN a um clique quando estiver on-line.

4. Quando a obsessão-maníaca-depressiva tomar conta de você, desligue o celular, assim você não cairá na tentação de olhá-lo a cada minuto para conferir se ele te mandou uma mensagem.

5. Quando estiver se sentindo sozinha, procure ajuda no seu grupo de apoio (amigas e familiares), ele oferecerá todo o suporte que você merece e precisa.

6. Não fique em casa, chorando pelos cantos ouvindo músicas como “All by myself" no “Diário de Brigdet Jones”, porque você realmente vai se matar. Procure sair, se divertir e relaxar. Nem que seja andar pelo bairro e comprar pãozinho na padaria. Quanto mais a sua mente estiver ocupada, menos espaço terá os pensamentos obsessivos-maníacos-depressivos.

7. Não é porque ele te deixou que você ficará largada, desleixada, se sentindo a última das barangas. Procure a ajuda de especialistas (cabeleireiro, manicure, maquiador, vendedor de lojas de roupas e sapatos, etc) e cuide da sua aparência e da sua auto-estima. Se você não se sentir melhor, pelo menos ninguém vai notar e todos vão te achar linda e maravilhosa. Você pode estar um caco por dentro, mas por fora você é a Gisele Bünchen!

8. Invista em si mesma. Faça inscrições em cursos que você sempre quis fazer, mas não tinha ânimo ou disposição como um curso de ikebana (arranjo de flores), mandarim ou segurança pessoal.

9. Procure não ficar remoendo os fatos passados. Relembrar nos mínimos detalhes os bons momentos que passaram juntos e tal. Se ele realmente se importasse com você, te valorizaria mais e não a faria sofrer tanto.

10. E o principal, se você fez tudo isso e não conseguiu esquecê-lo é porque ele te marcou muito e foi uma grande paixão. Por mais que esteja magoada, não deixe as portas do seu coração fechadas, nunca se sabe quando alguém irá cruzar seu caminho. Se não conseguir encontrar outra paixão, arranje um Zé Mané qualquer e comece a namorá-lo, porque você terá tanta dor de cabeça e stress com o atual que logo esquecerá o ex. Para esquecer uma grande paixão, nada como uma bela enganação.
Um abraço