segunda-feira, 28 de julho de 2008

Novas amazonas

Será que as mulheres modernas são as “novas amazonas”?

As mulheres que derrubam preconceitos e cada dia obtêm o seu salário e que não aceitam o tradicional papel doméstico?

Assim como as amazonas, as mulheres modernas são mais independentes do que as outras gerações, elas conseguem se sustentar e se manter sem ajuda dos homens e são ótimas chefes de família.

Ocupam todas as posições importantes na sociedade, são habilidosas empresárias, industriais, artistas, políticas. Conquistaram territórios e ocupações antes consideradas exclusivas dos homens.

Desde cedo, as jovens são educadas nas mesmas atividades que os rapazes e participam até de esportes incrivelmente violentos e perigosos, como boxe, artes marciais.

Hoje, são livres para fazerem incursões ocasionais dentro de “comunidades vizinhas” para fraternizar com o sexo oposto. Perpetuam sua civilização com uma existência extremamente amigável com os aventureiros masculinos que passam através de seu território.

Quando cansam da companhia, os aventureiros são enviados a seguir seu caminho ou são abandonados em alto-mar. São mulheres libertas vivendo a sexualidade de maneira mais autônoma e sem culpa.

Muitas fogem do modelo tradicional de família, assumindo voluntariamente a maternidade, enquanto outras partem para uma produção independente.

Além disso, o casamento deixou de ser uma opção de vida. Elas encarnam uma sociedade onde os papéis sociais estão invertidos.

Será que estamos caminhando para uma sociedade de guerreiras que querem manter a sua independência a qualquer custo?

E muitas mulheres estão deixando de lado a sua feminilidade e estão se tornando cada vez mais competitivas até superarem os homens em tudo.

Será uma forma de se manter e se proteger num mundo dominado pelos homens?
Dolly

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Bombons sem culpa

Isenta da obrigação de procriar ou de se vincular a um homem para que ele a ampare materialmente, a mulher de hoje está cada vez mais em busca do próprio prazer.

Sendo despertado pelos sentidos, o prazer feminino é como a apreciação de um chocolate.

É contemplar a maciez da sua textura. É inspirar o seu aroma adocicado. É saborear o seu gosto forte e ardente. Deixar passeá-lo por todos os estímulos do paladar, até escorrer pela garganta, e transferir a cada parte do corpo o seu estimulante calor.

Apenas pela experimentação conseguimos perceber as suas sutilezas e compreender melhor toda a magia que há na sua infinidade de sabores, cheiros e formatos.

Dessa maneira, uma mulher pode encontrar uma satisfação particular na combinação do chocolate amargo com o sabor intenso da menta, enquanto outra pode preferir a combinação picante de chocolate com um ligeiro toque de pimenta.

Ao experimentar o chocolate, ela descobre a si mesma, desperta para um mundo de sensações adormecidas e inimagináveis.

Então, por que ao nos entregarmos a uma caixa de bombons nos recriminamos tanto e acabamos reprimindo nosso apetite?

Por que nos sentimos tão culpadas quando vivenciamos intensamente essa descoberta?
Dolly

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ditadura da beleza

Todos os dias, a rainha perguntava ao seu Espelho Mágico quem era a mulher mais bonita de todo o reino. Tudo estava tranqüilo, enquanto o Espelho respondia que sua beleza reinava suprema.

Até o dia em que o Espelho respondeu à habitual pergunta com uma revelação: "Branca de Neve é a mais bela do reino".

A malvada rainha percebendo que a jovem possuiria uma beleza que excederia a sua, trama para que esta seja assassinada por um caçador na floresta.

Todas nós sabemos o desfecho desta história, certo?

Mas e na vida real? Como lidar com essa busca desenfreada pela beleza?

Quantas mulheres não se interrogam diante do olhar inquisidor do espelho e acabam se submetendo à ditadura da beleza?

Por onde eu olho (revistas, comerciais, clipes de música, novelas), vejo imagens de mulheres bonitas e sexys: cabelos lisos e sedosos, pele de pêssego, corpo sarado, seios turbinados, roupas impecáveis.

Mulheres maravilhosas fazendo dietas, ginásticas, plásticas, comprando horrores, práticas tão freqüentes e consideradas “normais” pela nossa sociedade.

Será que para nos sentirmos bonitas e sermos aceitas pelas outras pessoas, nós precisaremos seguir o padrão de beleza imposto?

Por acaso nós somos algum tipo de boneca Barbie que vem produzida em série?

Há uma pressão tão grande sobre nós, que devemos o tempo todo ser bem-sucedidas e bonitas, praticamente perfeitas.

E ao olharmos no espelho e percebermos que não encaixamos totalmente nesse padrão, a comparação com a realidade torna-se inevitável e com isso, nós ficamos mais frustradas e angustiadas.

Então, surge a dúvida: Se não conseguirmos nos encaixar nesse padrão, nós seremos excluídas e discriminadas pela sociedade?

Na verdade, essa é uma chance de reafirmar a diversidade e mostrar que a beleza está em todo lugar.

Acredito que só respeitando e valorizando as nossas diferenças, poderemos encontrar o nosso próprio padrão de beleza.

Mas enquanto isso não acontece, haverá espaço para as mulheres que não são vistas apenas como um manequim exposto numa vitrine?

Dolly


sexta-feira, 4 de julho de 2008

A viagem dos sonhos

Apesar de sermos mulheres independentes, ao conhecermos um homem, nós ficamos completamente inseguras e cheias de expectativas em relação a ele, principalmente, no início de um relacionamento.

Conhecer um homem é como conhecer uma nova cidade ou um país. Cada um tem uma geografia, cultura e costumes diferentes do outro.

Embora tenhamos realizado algumas (ou muitas) viagens durante a vida, continuamos com dúvidas e receios na hora de escolher o roteiro de viagem. Talvez por medo de nos arriscar demais ou medo de nos machucar com as eventuais aventuras que possam surgir no trajeto.

No entanto, ao chegarmos ao nosso destino, todo receio parece infundado e sem sentido. Sentimos fascínio pela beleza das paisagens, nos encantamos com a riqueza cultural das cidades exóticas, nos divertimos nos lugares badalados.

Um verdadeiro paraíso!

Depois disso, começamos a acreditar que essa viagem irá oferecer os melhores momentos de nossas vidas e pensamos que muito mais nos espera na fantástica viagem que sempre sonhamos!

Esse caso é bastante familiar a todas nós, certo?

Você começa a gostar do lugar e descobre que quer viver ali para sempre, mas percebe que não conhece bem as condições do país (físicas e psicológicas) e não sabe o que esperar dele.

Como ainda não existe um serviço especializado que ofereça as informações sobre os roteiros de viagem, assistência e qualidade de serviços dos homens, a exploração por territórios desconhecidos pode ser uma aventura perigosa para as mulheres.

Parece que esse lugar foi feito especialmente para nós, mas surgem terríveis dúvidas que tiram o sono:

“Será que devemos viver intensamente e nos entregar ao desconhecido?”
“Será que seremos felizes vivendo aqui?”
“Só viveremos nesse lugar quando o conhecermos suficientemente bem para saber se teremos um futuro estável. Mas existe algum tipo de garantia disso?”

Não há sentido em estabelecer regras e prazos. Cada viagem é única, deve ser vivenciada e aproveitada no presente.

Então, por que não assumimos o controle dos nossos destinos e nos responsabilizamos pelo nosso embarque ou desembarque?

Por que depender do lugar que estivermos para encontrar a nossa felicidade?

Se realmente gostarmos de um lugar, devemos voltar lá um dia, nem que seja de passagem, só para visitá-lo.

Sem argumentar e sem pedir autorização a ninguém, é claro.
Dolly