sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pecado Capital


Hoje em dia, as mulheres vivem obcecadas por dietas, fazem tudo para conquistar um corpo magro. Numa festa ou jantar, diante de uma variedade de pratos, elas ficam tentadas a provar cada uma das iguarias ali presente.


No entanto, ao se entregarem a esse mundo de prazeres, sabores e aromas; a satisfação, logo, é substituída por um imenso sentimento de culpa.


Como experimentar novas sensações sem sentir tanto remorso?


Como controlar os desejos diante de tantas tentações ao nosso redor?


Como resistir, por exemplo, à atração por uma pessoa, estando com outra?


Sem grandes conflitos, muitos homens desejam várias mulheres e continuam amando suas esposas ou namoradas. No entanto, é comum as mulheres se culparem ao sentirem atração por outros que não sejam os seus companheiros.


A maioria das mulheres não admite, mas se sente lisonjeada, com a auto-estima lá em cima, diante das investidas de um completo desconhecido, de um elogio de um colega de trabalho ou mesmo de um vizinho.


Algumas fingem que nada aconteceu, outras resistem a proposta; enquanto outras, depois de muita insistência, aceitam a aventura.

Será que as mulheres casadas ou solteiras, ao se sentirem solitárias e entediadas, são tentadas a trair?


Ou será que o companheiro dispensa pouca ou nenhuma atenção a ela?


Ou elas são infieis apenas quando se sentem atraídas ou apaixonadas por determinado homem?


Não é a atração que faz alguém trair o outro, "sentir atração por outro homem, mesmo tendo parceiro, é totalmente natural. Se, a partir daí, vai acontecer alguma coisa e se isso implicará conflito, depende da mulher e do acordo entre o parceiro".1


Será que existe um único culpado na traição?


Segundo o dicionário Aurélio, trair significa ser infiel, ou seja, desleal, que não é digno de confiança. Não está sendo sincero e honesto aquele que trai a confiança do outro. E a infidelidade está relacionada a essa quebra de confiança, ao não cumprir o compromisso assumido com o parceiro.


Será que vale a pena arriscar uma relação em nome de uma atração passageira?


E o que fazer para não se entregar aos desejos?


Dolly


1. Vera Furia, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP e autora do livro Mulher, Arquivo Confidencial.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mulheres a beira de um ataque de nervos - Parte II


As mulheres do mundo inteiro lutaram durante anos para conseguir os mesmos direitos que os homens, para conseguir condições de trabalho mais dignas e salários melhores; ser mulher nunca foi uma tarefa fácil. Hoje em dia, a maioria usufrui dessas conquistas de milhares de mulheres anônimas e se orgulha dessas vitórias. Mas há dias em que tudo o que uma mulher deseja é não ser mulher, principalmente nos dias em que está menstruada.




Deveria ser aprovado, pela Constituição, o dia D.M. (Dia da Menstruação). Nesse dia, toda mulher seria liberada de todas as suas obrigações e responsabilidades para ficar em casa descansando sem ninguém para encher as paciências.


Afinal, como se concentrar no que seu chefe está dizendo ou se concentrar no seu trabalho quando você sente que vai arrebentar de tanta dor.


Sem contar que, em alguns casos, o fluxo menstrual é tão grande que se fosse coletar todo o sangue derramado daria para salvar no mínimo três vidas!


Diga-se de passagem que a felicidade da mulher nesses dias só acontece mesmo em comercial de absorventes, porque ninguém fica alegre e feliz usando uma versão menor de fralda por horas e horas durante alguns dias.


A única coisa que não se pode reclamar é de falta de opções. São oferecidas tantas que você se perde.


Imagina o seu marido ou namorado comprando um pacote para você na farmácia:


- Oi, por favor, eu queria um pacote de absorventes. É para minha mulher, sabe.

- Claro. O senhor prefere externo ou interno?

- Hein?!

- Normal ou tipo Tampax, Ob?

- Ah, tá. Acho que normal.

- Certo. Com abas ou sem abas?

- Hum. Acho que...com abas.

- Ultraproteção ou ultrafina?

- Bem, não sei direito. O que é melhor?

- Ultraproteção é melhor para o caso de fluxo menstrual muito intenso e ultrafina é para o dia-a-dia, sabe.

- Pode ser o primeiro mesmo.

- Diurno ou Noturno?

- Putz! Sei lá! Eu levo os dois.

- Certo. Só mais uma coisa, o senhor prefere suave ou seca?

- Ah, deixa pra lá.


Além disso, ela aparece nas horas mais impróprias. Olha só: Você planejou o ano inteiro, juntou dinheiro e no dia que você vai na praia, você percebe: “Merda! Estou menstruada!” Ou, então, depois de muito trabalho árduo, você finalmente vai sair com um cara super interessante e no dia você descobre:“Merda! Estou menstruada!” É muito azar!


Mas o pior mesmo é quando você olha no calendário e começa a contar e nota: “Merda!Eu não estou menstruada!!!” E você entra em pânico, começa a rezar e faz tudo o que é promessa para a danada vir. Por que só há duas situações em que ela não dá o seu ar da graça: ou você está na menopausa (o que seria bom demais e cedo demais para ser verdade!) ou você está grávida! (ave Maria! é bom nem sonhar com essa possibilidade!) E você começa a apelar para todos os santos: “São Longuinho! São Longuinho! Se a minha menstruação vier, eu dou mil pulinhos!”


Você que odiava esse dia, espera com grande ansiedade pela sua chegada. E depois de muito se descabelar, descobre que foi alarme falso, passado o susto, o desconforto de ter o corpo dolorido, os seios e as pernas inchadas, a cabeça latejando e uma cólica terrível, ficar menstruada torna-se tão confortador...É preciso ser mulher para entender isso.


A grande maioria dos homens acha que é um exagero ou frescura de mulher reclamar tanto nesses dias, mas só uma mulher sabe o que é ser uma mulher e menstruada.


Dolly